A XMA25 explora a sinergia entre campos artísticos e questões sociais através de abordagens transformadoras e colaborativas. Ao integrar uma diversidade de procedimentos e estratégias, a conferência foca-se em processos criativos concebidos para o bem comum.
No seu cerne, a XMA25 valoriza uma prática que ultrapassa fronteiras disciplinares, fomentando uma compreensão profunda e uma especialização através de perceções, princípios e práticas partilhadas numa rede dinâmica de relações e interações. Esta rede, ou assemblagem, constitui um todo complexo e dinâmico, criado pela interação de componentes diversos, tanto humanos como não humanos, gerando novas funções e realidades. Diferente das estruturas tradicionais, uma assemblagem é fluida, multifacetada e em constante transformação (Deleuze & Guattari, 1987).
A XMA25 desafia os seus oradores a adotarem o pensamento de assemblagem, explorando as interconexões entre elementos e mostrando como estas ligações podem ser aproveitadas para fins criativos. Esta perspetiva visa envolver, de forma colaborativa, stakeholders, criativos, makers e comunidades na produção de propostas inovadoras para os desafios sociais contemporâneos.
A conferência terá lugar na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, de 16 a 18 de junho de 2025.
Todas as sessões da XMA25 ocorrem no Auditório Lagoa Henriques.
A calendarização das sessões da conferência estará disponível perto da data do evento.
Sessão principal com oradores e moderador, seguida por sessões com participantes moderadas por membros do Comité Científico.
Alastair Fuad-Luke é um facilitador, educador, investigador, consultor, escritor e ativista que explora a forma como o design é aplicado a questões sociais, ecológicas, económicas, políticas e educativas. Foi curador-geral da Porto Design Biennale 2021, Alter-Realidades: Desenhar o Presente. Durante 2016 - 2021 foi Professor Associado de Investigação em Design na Universidade Livre de Bozen-Bolzano, Tirol do Sul, Itália e Professor Associado de Práticas Emergentes de Design na Aalto ARTS, Universidade de Aalto, Helsínquia, Finlândia 2011-2015, onde trabalhou com o Desenvolvimento Regional de Lahti para implementar um 'co-design do eco-sistema' para a cidade. Esteve envolvido em vários projetos da União Europeia, incluindo Eco-innovera - Support Systems for Sustainable Entrepreneurship and Transformation (SHIFT), 2012-2016; e Leonardo Da Vinci - Design Education and Sustainability (DEEDS), 2006-2008. Colabora com diversas comunidades; o seu último projeto foi desenvolver muu-baa, uma rede para explorações "agro-culturais" no Tirol do Sul. Os seus livros incluem Field Explorations (2022), Agents of Alternatives (2015), Design Activism (2009) e The Eco-Design Handbook (2002).
Michael Wittmann trabalha na interseção das práticas artísticas com formas de solidariedade e articulações nos campos sociopolíticos. O seu foco incide sobre processos colaborativos (artísticos), ambientes comuns de workshops e instalações em espaços públicos. Em 2016, integrou a oficina transcultural aberta Habibi.Works, situada perto de Ioannina, no Norte da Grécia, com o objetivo de apoiar pessoas que chegaram à Europa após terem de fugir dos seus países de origem, e de abrir espaço para o intercâmbio com as comunidades locais. No âmbito deste trabalho, desenvolveu coletivamente o subprojeto Habibi Dome, um projeto de construção colaborativa e uma plataforma aberta para espaços públicos. Desde 2018, o projeto tem sido realizado em várias cidades europeias e foi exibido no X-Depot da Pinakothek der Moderne em Munique, em 2022. Michael licenciou-se pela Academia de Belas Artes de Munique (MA) em 2018 e está a realizar o seu doutoramento na Universidade de Artes de Linz, na Áustria. Além disso, leciona em diferentes contextos, mais recentemente na Universidade de Artes de Linz e na Academia de Belas Artes de Munique.
Hans Kalliwoda é um artista, curador e investigador conhecido pelas suas intervenções em espaços públicos, onde combina arte, ecologia e sustentabilidade. O seu trabalho promove o envolvimento social através de formas artísticas conceptuais e experimentais. Os seus projetos, como The European Art Train, The World in a Shell – Future Pollination Lab e BeeTotems for RefuBees, procuram inspirar o diálogo sobre identidade, sustentabilidade ambiental e coesão comunitária. O seu projeto mais recente destaca a importância da ação coletiva nos espaços urbanos, especialmente através de abordagens interdisciplinares que combinam arte, ciência e envolvimento social. Como co-diretor do TuDelft Urban Ecology and Ecocities Lab e cofundador da Blindpainters Foundation, Kalliwoda tem dedicado 30 anos à defesa de uma abordagem sustentável e alternativa às práticas convencionais do mundo da arte. A sua investigação como doutorando na Universidade de Leiden (2013-2017) centrou-se no papel da prática artística como motor de mudança social, explorando particularmente a metáfora da "polinização" para descrever a troca de ideias e elementos culturais. Os seus projetos independentes e a sua busca por interfaces entre arte, ciência e ativismo são reconhecidos como pioneiros, vanguardistas e meta-modernos. Através da sua arte interativa e das suas aventuras simbióticas, Kalliwoda traz romantismo e utopia para a realidade do aqui e agora.
Ivan Txaparro é um artista, músico, designer e investigador, residente em Berlim, comprometido em promover a participação política, a arte transdisciplinar, a música eletroacústica, a narração de histórias e o ativismo artístico. Nos últimos anos, o trabalho de Ivan tem-se centrado em facilitar mediações artísticas que promovem a proteção ambiental, a justiça social e a reparação empática, integrando arte, música e design. Ivan é investigador na Universidade das Artes em Berlim e diretor criativo do Resonar Lab, um coletivo internacional de artistas, designers, músicos e ativistas dedicado à promoção de transformações ecosociais. O Resonar Lab colabora com comunidades, indivíduos e coletivos, utilizando uma abordagem participativa e transdisciplinar para desenvolver estratégias de resistência, experiências de imaginação radical e futuros solidários alternativos. Visite https://linktr.ee/txap para explorar o seu trabalho.
Tiago Sá Gomes (Lisboa, 1992) é arquiteto e cofundador do atelier Parto. Paralelamente ao trabalho desenvolvido no atelier, é de destacar o seu percurso profissional no âmbito da horticultura urbana e desenvolvimento comunitário, dos quais se destacam os últimos 3 anos na presidência da Upfarming. Ao longo deste percurso, teve inúmeras participações públicas nas temáticas da horticultura urbana comunitária e participativa. Neste contexto, além da participação em reportagens dedicadas aos temas da ecologia urbana, foi ainda orador e mediador convidado em conferências, festivais, workshops e jornadas da especialidade. Do ponto de vista do reconhecimento do trabalho desenvolvido pela ONG, são de relevar: a Menção Honrosa do Prémio Nacional de Ambiente Fernando Pereira da CPADA, em 2021; o Prémio BPI Fundação "La Caixa Solidário”, em 2022, e "La Caixa Capacitar”, em 2024; a menção ao projecto no Estabelecimento Prisional de Torres Novas, como exemplo de boas práticas, na 55.ª Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em 2024; e, mais recentemente, a condecoração com o prémio "Prison Achievement Award" pela European Organisation of Prisional and Correctional Services.
Mimi Hapig é cofundadora e diretora de estratégia do maker-space intercultural Habibi.Works, na Grécia. Nascida e criada na fronteira da Alemanha com a Suíça e França, viveu, trabalhou e estudou em vários países da América Latina e da Europa. Aos 25 anos, mudou-se para a Grécia, onde passou 7 anos a construir, manter e reinventar o projeto farol Habibi.Works. O projeto oferece 11 áreas de workshop gratuitas para pessoas a viver em campos de refugiados e para locais gregos, onde podem adquirir ou partilhar competências, construir objetos e relações, e criar as suas próprias soluções. Ao longo dos anos, Mimi criou uma comunidade de milhares de homens e mulheres, entre os quais artesãos, especialistas, ativistas, artistas, apoiantes e muitos outros de todo o mundo, unindo esforços para demonstrar que o fenómeno da migração forçada e o impacto que tem nas vidas das pessoas pode ser abordado de forma diferente: com solidariedade, respeito, e com o objetivo de criar autonomia e dignidade. O projeto foi distinguido com vários prémios, e Mimi foi reconhecida em diversos programas de liderança.
Submissão de resumos.
As sessões temáticas serão definidas posteriormente, de acordo com o conteúdo das comunicações submetidas.
Taxa de participante—investigador/professor 175€.
Taxa de participante—estudante 125€.
Taxa para o público em geral 50€
Inscrição gratuita para estudantes como público em geral:
UÉvora, FBAUL, IADE-UEuropeia
Inscrição gratuita para investigadores como público em geral:
CHAIA, CIEBA, UNIDCOM
Um livro editado pela organização da conferência será lançado durante os dias da conferência no Museu Nacional de Arte Contemporânea. Terá uma versão impressa e uma versão digital em acesso aberto.
O livro Cross Media Arts 2025 terá os artigos apresentados pelos participantes nas sessões da conferência. Esta publicação terá também uma secção especial para os oradores principais do painel e o moderador, que são convidados a escrever um artigo.
A 1ª publicação XMA (2018) resultou da conferência de 2016 com o tema Artes Sociais e Transdisciplinaridade, realizada em Évora, de 24 a 25 de junho de 2016, na Fundação Eugénio de Almeida.
Link para descarregar >
A 2ª publicação XMA (2024) resultou da conferência de 2023 com o tema Artes Sociais e Colaboração, realizada em Lisboa, de 9 a 10 de fevereiro de 2023, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Link para descarregar >
Ana Carceller, collective Cabello/Carceller
Ana Luísa Marques
Ana Margarida Ferreira
Ana Melo
Ana Moya Pellitero
Ana Nolasco
Ana Thudichum Vasconcelos
Antonio Gorgel Pinto
Carla Paoliello
Carlos Rosa
Cristina Pratas Cruzeiro
Domingo Adame Hernández
Eduardo Gonçalves
Emília Duarte
Emília Ferreira
Fernando Moreira da Silva
Gabriela Vaz Pinheiro
Graziela Sousa
Hande Ayanoglu
Helena Cabello, collective Cabello/Carceller
Helena Elias
Hugo Cruz
Inês Lima Rodrigues
Inês Veiga
Isabel Bezelga
Isabel Farinha
Jane Gilmor
João Batalheiro Ferreira
João Bernarda
João Dias
Joana Ramalho
Juliana Duque
Madalena Miranda
Marco Neves
María Vidagañ
Mario Kong
Mónica Pacheco
Paula Reaes Pinto
Paulo Simões Rodrigues
Ramon Santana de Aguiar
Renata Porto
Rita Assoreira Almendra
Rodrigo Hernandez-Ramirez
Rodrigo Morais
Rute Gomes
S Chandrasekaran
Samuel Viana Meyler
Sara Gancho
Sérgio Vicente
Sofia Ponte
Şölen Kipöz
Teresa Franqueira
Tiago Porteiro
Tom Bieling
Vitor Gomes
Paula Reaes Pinto (Ed.)
Antonio Gorgel Pinto (Ed.)
Sérgio Vicente (Ed.)
CHAIA
Universidade de Évora
Portugal
UNIDCOM
IADE, Universidade Europeia
Portugal
CIEBA
Universidade de Lisboa
Portugal
xmediarts25@uevora.pt